Por Direito de Ouvir

19 de March de 2019

Surdez Neurossensorial

A perda de audição permanente mais comum e como ela pode ser tratada com aparelhos

19 de March de 2019


Surdez neurossensorial: o que é e como acontece?

A surdez neurossensorial ocorre quando as células presentes na cóclea (a parte interna do sistema auditivo que consiste em uma cavidade em formato de caracol) acabam se deteriorando. Ou quando os condutores nervosos ficam debilitados, de alguma forma, e acabam não levando os sinais de sons até o cérebro, interrompendo assim o processamento dos sons.

Esse tipo de surdez, que também é conhecida como surdez sensorioneural ou até mesmo como surdez do nervo, é o tipo mais comum de perda auditiva. Um censo do IBGE, datado de 2010, diz que aproximadamente 24 milhões de pessoas da população brasileira apresentam algum tipo de deficiência auditiva, sendo que cerca de 1 milhão representa a quantidade de indivíduos que possuem a surdez neurossensorial.

A perda auditiva neurossensorial pode ocorrer nos dois ouvidos ou apenas em um e pode se apresentar em vários níveis de gravidade, podendo ser leve ou profunda. Há duas maneiras de classificar esse tipo de perda de audição, sendo elas: sensorial, quando a parte afetada consiste na parte interna do ouvido; ou neural, quando o problema ocorre nos condutores nervosos.

A pessoa que apresenta esse tipo de perda auditiva é capaz de ouvir sons baixos ou reduzidos, mas quando o som ou ruído é alto o suficiente para ser processado por ouvidos saudáveis, eles parecem estar abafados e distorcidos para os ouvidos que apresentam essa condição.

As causas da perda auditiva neurossensorial

Como todo problema relacionado a audição, as causas desse tipo de perda auditiva são variadas, podendo ter sua origem em doenças infecciosas, labirintite, exposição a ruídos, uso indevido e excessivo de alguns medicamentos ou alguma relação com outras doenças. Em mais detalhes:

• Doenças metabólicas como a diabetes podem ser a origem desse tipo de perda auditiva;

• Doenças crônicas, como a Doença de Ménière;

• Doenças virais na área dos ouvidos;

• Doenças hereditárias, como a Otosclerose, onde acontece um crescimento ósseo em volta de um pequeno osso do ouvido médio, fazendo com que ele não apresenta vibração quando é estimulado pela entrada de algum som;

• Traumas sofridos na região podem resultar na perda auditiva neurossensorial.

Além dessas causas, o envelhecimento é a causa mais comum, e acontece a partir de um processo natural. A partir dos 55 anos, em média, a audição de uma pessoa começa a naturalmente diminuir. As causas desse processo natural estão muitas vezes ligadas a questões genéticas e hereditárias. Se uma pessoa próxima, geneticamente falando, da família apresenta essa condição, é recomendada uma atenção extra e, também, uma visita a um profissional da saúde qualificado.

Essa perda natural varia de pessoa para pessoa. Tem que ser levado em conta o histórico médico e os hábitos da pessoa durante a vida. Doenças gerais e comuns, como hipertensão e pressão arterial alta pode ocasionar a perda de audição. E hábitos como a exposição a sons e ruídos altos e constantes por muito tempo podem resultar em uma perda auditiva neurossensorial no futuro.

Diagnosticando a surdez neurossensorial

Ao sinal de qualquer um dos sintomas, é extremamente recomendável procurar um profissional qualificado da área para diagnosticar uma possível perda auditiva. O profissional que mais pode ajudar nesses casos é um otorrinolaringologista.

Quanto mais cedo a pessoa procurar uma ajuda profissional adequada, maiores serão as chances de um tratamento de reversão da perda com um resultado satisfatório.

Durante a consulta, um processo de triagem com perguntas geralmente é feito para mapear as possíveis causas. Algumas dessas perguntas poderão surgir em uma consulta:

• Há alguma dificuldade em ouvir e entender o que é dito ao seu redor?

• Há exposição constante a ruídos e sons muito altos, como por exemplo, barulho de televisão ou música?

• Quando está participando em uma conversa ou quando alguém diz algo, há a necessidade de repetir o que foi dito para ouvir e compreender?

• Há histórico de doenças que podem causar a perda auditiva? Houve algum tipo de infecção na área do ouvido recentemente?

• Foi exposto a barulhos constantes e altos por muito tempo consecutivo, no trabalho, por exemplo?

Além das perguntas, há como realizar alguns procedimentos para excluir algumas alternativas. Por exemplo, o médico pode examinar o ouvido do paciente para observar se há o acúmulo de cera nos ouvidos que podem estar bloqueando a entrada de sons. Nesses casos, uma simples limpeza deve resolver o problema. Veja os cuidados para a limpeza dos nossos ouvidos.

Outros procedimentos, como a audiometria, que testam a capacidade do paciente em ouvir e processar sons, podem ser feitos para o diagnóstico ser mais preciso.

Tratando a surdez neurossensorial: aparelho auditivo ou implante coclear?

Após o diagnóstico, é a vez do tratamento. Se durante o diagnóstico, a causa for simples, como é o caso de acúmulo de cera no ouvido, o tratamento é rápido e descomplicado, bastando apenas uma limpeza.

No entanto, se há a confirmação da deterioração da parte interna do ouvido, a perda auditiva neurossensorial, na maioria das vezes, é irreversível. Há uma estimativa que em 95% dos casos diagnosticados com esse tipo de perda auditiva, o uso de aparelhos auditivos é indispensável e consegue diminuir os danos da condição. Se a perda for muito séria, o uso de implante coclear pode ser uma solução.

A diferença entre as duas opções de tratamento é que com o aparelho auditivo, o que acontece é que o dispositivo amplia os sons captados pelo ouvido, como se o volume de uma música estivesse muito baixo para a compreensão da letra e alguém aumentasse o volume para entender o que está sendo falado.

Enquanto o implante coclear atua diretamente nos condutores nervosos do ouvido, estimulando essa área a transportar corretamente a viagem dos sons até o cérebro. É importante pontuar que o implante não devolve a habilidade de ouvir, mas adequa o ouvido a receber e processar novas maneiras de receber os sons.

Atualmente, há uma gama variada de diferentes tipos de aparelhos e implantes. A Direito de Ouvir conta com produtos capazes de atender as mais variadas necessidades, sempre com a melhor qualidade e preocupação com aqueles que precisam.

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